QUEM MATOU A MARIA LAURA?

ARTIGO
gritava incansavelmente para que os meninos a deixassem em paz. Ela detestava uma cusparada próximo dela. E a meninada e alguns adultos teimavam em irritá-la. E assim cantou em versos o poeta uruçuiense Nelci Gomes(Zomin): “com rosto amargurado/ela sempre acordava/e saía pela cidade/logo que levantava/chorando pela estrada/correndo atrás do nada/e nada ela encontrava”.
Dos ombros de minha adolescência, lembro-me que as pessoas, às vezes, ficavam condoídas com aquele estado seminu e de demência da Maria Laura; e, por isso, ajudavam-na com alimentação e vestimentas para que as “vergonhas” fossem enrustidas. Só não me recordo de alguém ter feito alguma coisa para que a Laurinha fosse resgatada do caos mental em que vivia envolvida. Sinceramente, essa ação, se existiu, não foi publicada.
Professor Anchieta Santana